18 de outubro de 2011

Onde me encontro II


Hoje acordei e estava em casa... eu, Maria, reconheci as paredes, os cheiros, as cores... hoje estou aqui, agora. Hoje sou mãe, mulher, dona-de-casa, tenho consciência do tudo, não reconheço o nada. 

Sei onde estou e para onde vou... olho para a minha agenda... tanto que eu perdi! Como não vi? (re)encontrei-me, renasci, estou viva outra vez.

Onde estavas? - Perguntas tu! Estava aqui e ali, mas nunca aqui.
Procurei mas nunca te encontrei! - Reclamaste! Encontravas-me noutro espaço, naquele que só a minha mente atingia, aquele de onde fugia e e para onde fugia, aquele em que não queria que entrasses, onde era tudo, mas não tinha nada.

Quem sou eu? Eu sou a Maria e hoje é mais um dia, o meu problema?... perdi-me no tempo, uma doença fez-me assim, pobre de mim... Não, eu não me rendo... terapia, amor, compreensão e, às vezes, um pouco de medicação, mostra-me as coisas como são.
Hoje encontro-me aqui, sã, e não tenho amanhã.


Esta é a história de tantas pessoas com doença mental, comumente se ouve dizerem "perdi o juízo". Um dia acordaram sem saber onde estavam, ou não se levantaram, não comeram, não se lavaram... Muito do nosso cérebro é ainda uma incógnita para os psicólogos e cientistas, ainda não sabem onde estão metade das suas funções... Não se sabe onde vão as pessoas, onde as encontrar

7 de outubro de 2011

Locais

Actualmente:
- ASPP/PSP (Associação Sindical dos Profissionais de Polícia)- associados e civis;

- Junta de Freguesia da Charneca - apenas pessoas da freguesia.



Brevemente num consultório perto de si!!!!!

21 de fevereiro de 2011

Suícidios na PSP

Um agente da PSP pôs anteontem, quinta-feira, termo à vida. Ontem, sexta-feira, foi a vez de um militar da GNR tentar fazê-lo. As associações alertam para a organização e pressão da profissão, que, mesmo indirectamente, acabam por se reflectir na vida pessoal dos elementos.

Tinha mais de 55 anos, estava à porta da pré-aposentação e nada fazia prever o desfecho. Uma vida familiar e financeira equilibrada, a normalidade no dia-a-dia da esquadra da PSP de Alverca, a arma à mão. Morreu na quinta-feira.

Um militar da GNR de Pombal, 50 anos, também usou ontem, sexta-feira, a arma de serviço contra si próprio. Os bombeiros conseguiram estabilizá-lo, está em estado grave no Hospital dos Covões, em Coimbra.

Dois casos em dois dias. Causas? Impossíveis de definir. Pertencem a cada um. Sabe-se que a maioria dos suicídios entre forças da ordem têm motivos passionais e financeiros. Causas que, acreditam as associações representativas da PSP e da GNR, são exacerbadas pelas condições de trabalho. Horários indefinidos, estruturas rígidas, alterações na carreira.

“É uma profissão de desgaste rápido”, diz Ana Rita Robalo, psicóloga que colabora com a Associação Sindical da Polícia de Segurança Pública (ASPP/PSP). “Muitas vezes, os agentes estão em funções de que não gostam” e que “não podem agir de qualquer maneira, estão sujeitos a directrizes, numa profissão rígida, com uma hierarquia rígida, sem margem de manobra”.

Somadas aos problemas pessoais que qualquer cidadão tem, estas condições podem facilitar o desespero. Mas a verdade é que não há estudos sobre o assunto e “não se consegue definir se são os problemas pessoais que levam às tensões no trabalho ou o contrário”.

“Poucos são os suicídios que têm causa directa na profissão”, garante Paulo Rodrigues, da ASPP/PSP. Mas há padrões que os diferenciam dos do resto da sociedade. O espaço de tempo entre a identificação dos primeiros sinais e a concretização “é muito curto”. E, geralmente, ao contrário do que acontece com outras profissões, os agentes são aconselhados a meter baixa em vez de ir trabalhar para distrair os problemas.

“O exercício profissional é muito exigente” a nível emocional e psicológico, diz Paulo Rodrigues. Mais a mais num sector em que se mantém “algum estigma relativamente” aos serviços de psicologia. “Os profissionais, sobretudo os mais antigos, entendem que ir ao psicólogo é ficar rotulado com problemas mentais. Preferem manter a rigidez e a firmeza e tentar controlar o problema”. Ora, numa profissão a envelhecer e numa sociedade cada vez mais exigente nas respostas policiais, a pressão aumenta. “Causa alguns problemas de confiança”.

Vidas sem horário

José Manageiro, da Associação Profissional da GNR, também alerta para as condições de trabalho. “Não há horários de referência, quem regula as pausas são as chefias e isso acaba em incompatibilidades familiares enormíssimas. A maior parte dos suicídios na GNR prende-se com motivos passionais, porque a instituição destrói a vida familiar”.

A mesma história da PSP, onde um fim-de-semana como o comum dos mortais só acontece de três em três meses e, com a falta de efectivos, nem sempre é cumprido, diz Paulo Rodrigues.

A GNR contabilizou seis suicídios em 2009, num universo de 23 mil pessoas. “É significativo, porque o comportamento de um elemento perante o cidadão não pode merecer qualquer dúvida sobre problemas psicológicos”.

José Manageiro lamenta que, numa “instituição militar muito rígida”, haja uma observação punitiva do comportamento dos elementos, mas não dos problemas. O próprio apoio psicológico só existe em Lisboa. Na PSP, há sete gabinetes pelo país, mas o diagnóstico é a falta prevenção. Em ambas as forças.

PSP
A evolução dos suicídio não indica uma tendência. Desde 1998, foram 39, entre anos sem nenhum e anos com cinco ou seis. Foi o caso de 2005, ano em que foram alteradas as regras de pré-aposentação.

Motivos e idades
São jovens na casa dos 30 anos com problemas passionais e agentes com mais de 50 e dificuldades financeiras.

Divórcio
O desgaste e a pressão profissionais também se reflectem na taxa de divórcio: entre as mulheres da PSP é de 14,3%. Entre os homens é de 4,7%, superior ao resto da sociedade.

GNR
Os casos não são muito falados, por receio de afectar a imagem da instituição, garante José Manageiro. Foram 12 em 2008 e seis em 2009. Não há dados mais recentes.


2010-07-10

28 de janeiro de 2011

Psicoterapia enquanto aprendizagem

Seguidamente coloco aqui algumas citações do livro de Leal, M. R. M. (2003). A PSICOTERAPIA COMO APRENDIZAGEM: um processo dinâmico de transformações. Edições Fim de Século. S/l. Farei também a minha análise pessoal e com base na experiência, adquirida através de outros autores e da experiência que venho adquirindo.


"Os conhecimentos que hoje temos da vida psicológica quer da criança quer do adulto humano, levam-nos a encarar os problemas da adaptação pessoal, frente às vicissitudes do dia-a-dia, de modo bem diferente do que acontecia no tempo dos nossos avós" (p. 13)
Hoje em dia o ser humano depara-se com muitos obstáculos, com novos objectivos que a sociedade institui, alguns dificeis de alcançar outros que, para lá chegar será necessário um esforço e sacrifícios tão grandes que, é aceitável que as pessoas não aguentem, assim aparecem as depressões, insónias, stress e outras situações.


"O profissional de psicologia que deseja ajudar alguém a encontrar o caminho para promover dentro de si mesmo o seu potencial humano e que, numa linha de isenção pessoal, assume o compromisso de acompanhar pessoas na dificil busca da liberdade e realidade interiores, irá ver iluminar-se territórios inesperados"(p.13)
O psicólogo tem o dever de acompanhar, não aconselha, não indica caminhos, apenas acompanha! Mas afinal o que é isto? É simplesmente estar, numa relação de confiança e com um olhar reflexivo, é ouvir, numa escuta activa mas que não critica. Quem procura o psicólogo deve sentir-se à vontade, sentir o espaço como seu e ter o profissional ali para o ouvir e seguir no seu caminho. Permitam que dê um exemplo muito claro - um psicólogo não deve começar um assunto, mas sim quem o procura, o psicólogo até pode saber que existe uma questão em aberto de outra sessão, mas se naquele momento o que interessa é algo totalmente diferente. O psicólogo não deve esquecer que, não raras vezes, as situações trazidas são dolorosas e só aquele a quem dói tem o direito de falar e "mexer-lhes".


Cumprimentos,
Ana Lourenço Robalo - psicóloga
Nome: Ana Lourenço Robalo

Data Nascimento: 04/04/1979

Profissão: Psicóloga                                    Cédula: 13787

Outras habilitações: Oh depois mostro, são várias... mas as mais recentes são as pós-graduações quer em NEUROPSICOLOGIA, quer em PSICOTEREPAIS DINÂMICAS, em Outubro comecei a fazer mestrado em Aconselhamento e psicoterapias.

Publicações: "psicologia do testemunho" e "perigosidade e medidas de segurança", manual Psicologia Criminal e do Comportamento Desviante.

As consultas: utilizo o método "relacional dialógico" da Rita Mendes Leal.